Governo anuncia que Fundo Amazônia tem recursos para projetos até 2019

  • Por Agencia EFE
  • 14/09/2015 16h40

Rio de Janeiro, 14 set (EFE).- O Fundo Amazônia, uma iniciativa do Brasil com recursos de Noruega e Alemanha para a luta contra o desmatamento na maior floresta do mundo, conta com dinheiro para financiar novos projetos até 2019.

O governo da Noruega anunciou nesta segunda-feira no Rio de Janeiro a contribuição dos últimos US$ 100 milhões (R$ 386,4 milhões) do total de US$ 1 bilhão que o país se comprometeu a doar ao fundo desde sua criação, em 2008.

Principal financiadora do programa, a Noruega forneceu 96% dos recursos do fundo, a Alemanha contribuiu com 3% (cerca de US$ 100 milhões) e o 1% restante (US$ 11 milhões) foi arcado pela Petrobras.

Até o fim de agosto, o investimento chegou a US$ 546 milhões em 75 projetos contra o desmatamento e o impulso do desenvolvimento sustentável na região amazônica.

Com os recursos restantes, o governo brasileiro calcula que poderá financiar 24 novos projetos que serão implementados até 2019, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.

A ministra da pasta, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira em entrevista coletiva que buscará novos doadores na cúpula sobre a mudança climática que será realizada em Paris em dezembro.

Teixeira declarou que o balanço do Fundo Amazônia desde 2008 foi “extremamente positivo” e disse estar “muito otimista” para encontrar novos doadores, apesar de apenas dois países terem contribuído até então.

Na mesma entrevista coletiva, a ministra norueguesa do Meio Ambiente, Tine Sundtoft, afirmou que o Brasil teve avanços “impressionantes” na proteção da Amazônia, que foram compatíveis com a “expansão” de sua atividade agrícola.

Ambas as ministras disseram que Brasil e Noruega se reunirão para estudar futuros acordos na área ambiental, mas o país europeu ainda não se comprometeu a fazer novas contribuições ao fundo.

Os recursos do Fundo Amazônia são administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e se aplicam em projetos escolhidos pelo governo brasileiro.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, admitiu que as expectativas do Brasil eram conseguir um maior número de doadores estrangeiros, mas os países se “frustraram” pela crise que afetou a Europa nos últimos anos.

De acordo com um balanço do governo norueguês, nos seis primeiros anos, o Fundo Amazônia permitiu fortalecer a proteção de 14 milhões de hectares de floresta e de 94 unidades de conservação, financiou o treinamento de 3,1 mil pessoas no combate a incêndios e apoiou outros 1,2 mil pequenos projetos, entre outros. EFE

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