Governo argentino pactua com petrolíferas alta máxima de 6% nos combustíveis
Buenos Aires, 5 fev (EFE).- O governo argentino anunciou nesta quarta-feira um acordo “voluntário” entre empresas produtoras e comercializadoras de combustíveis que estipula para este mês um aumento máximo de 6% no preço ao consumidor.
O acordo foi anunciado em entrevista coletiva pelo ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, e segue outros similares selados com diversos setores para frear a escalada de preços após a forte desvalorização do peso argentino das últimas duas semanas.
O convênio, segundo ressaltou o ministro, é “voluntário” e fruto de conversas entre as empresas produtoras de petróleo, as refinarias e as comercializadoras.
No pacto estão envolvidas as maiores empresas do setor, como a argentina YPF, a principal produtora e comercializadora de combustíveis do país, a também argentina Oil, a Petrobras, a americana Esso e a anglo-holandesa Shell.
Kicillof detalhou que o aumento máximo estabelecido para fevereiro é de 6% e que aquelas empresas que já tenham aumentado o preço acima desse porcentagem corrigirão os valores.
O ministro revelou ainda que se reuniu com o presidente da filial argentina da Shell, Juan José Aranguren, com quem o governo manteve uma disputa pública nos últimos dias.
“Tivemos uma conversa a partir da qual, compreendendo que dentro do acordo geral em toda a cadeia de valor, os preços deviam respeitar números vinculados aos movimentos nos custos”, disse o ministro.
Na segunda-feira passada, o chefe de gabinete de ministros, Jorge Capitanich, tinha criticado a Shell por aumentar em 12% os preços em seus postos de gasolina na Argentina.
“A atitude da Shell e de seu mais alto diretor na República Argentina sempre é conspirativa, sempre é atentatória contra os interesses do país”, lamentou. EFE
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