Governo argentino rebate críticas sobre gestão de inundações
Buenos Aires, 13 ago (EFE).- O governo argentino respondeu nesta quinta-feira às críticas ao manejo da situação causada pelas inundações, que deixaram milhares de desalojados nos últimos dias na província de Buenos Aires, cujo governador, o governista Daniel Scioli, retornou nas últimas horas ao país.
“O governo nacional está presente desde o primeiro momento”, afirmou hoje o chefe do gabinete argentino, Aníbal Fernández, em resposta às queixas apresentadas por moradores das regiões afetadas e por políticos da oposição.
Pelo menos seis mil pessoas ainda estão desalojadas por causa do transbordamento dos rios e, embora muitas localidades portenhas, como Luján, Salto, Recifes e San Antonio de Areco, continuem alagadas, a situação melhora lentamente, segundo Defesa Civil.
Segundo fontes dos serviços de Defesa Civil da província de Buenos Aires, cerca de 10 mil pessoas estavam até ontem em abrigos, mas o número pode ser o dobro porque, segundo a imprensa, muitas pessoas preferiram se refugiar em casa de familiares ou conhecidos e não entraram nos cálculos oficiais.
O temporal deixou três mortos, e uma pessoa ainda está desaparecida.
As inundações se transformaram em um tema da campanha das eleições gerais de outubro, sobretudo porque o ausente Scioli é o candidato governista à presidência e o favorito de acordo com os resultados das recentes eleições primárias.
Scioli retornou hoje à Argentina, interrompendo uma viagem à Itália, onde tinha voado para realizar uma revisão médica, e se reuniu com o comitê de emergência da província.
A ausência do governador em plena crise valeu a ele duras críticas e ofuscou o triunfo nas primárias de domingo.
Além disso, é a segunda vez em menos de um ano que várias localidades da província de Buenos Aires, a mais rica e populosa do país, sofrem severas inundações pelo transbordamento dos rios.
O chefe de gabinete criticou os que “pretendem tirar vantagem politiqueira de um fato destas características, e a realidade é que não se deve oferecer, mas é preciso calçar as botas, arregaçar as mangas e trabalhar”.
A província de Buenos Aires é a região mais afetada pelas chuvas, que começaram há uma semana. EFE
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