Governo confirma que socorro às distribuidoras vai aumentar a conta de luz

O governo confirmou que socorro às distribuidoras vai acarretar em um aumento da conta de luz de 2,6%, em 2015; 5,6%, em 2016; e 1,4%, em 2017. As empresas ainda estão na expectativa pela segunda rodada de empréstimos de bancos para amenizar perdas do setor.
A medida deverá contar com a participação de 8 instituições financeiras, duas a menos do que no primeiro anúncio no valor de R$ 11 bilhões. A operação de agora chegará a R$ 6,5 bilhões, a serem pagos pelos consumidores com a conta de luz mais cara nos próximos três anos.
O professor do Departamento de Energia da USP Célio Berman culpou o governo Dilma pelas confusões na área da energia elétrica brasileira. Em entrevista a Thiago Uberreich, ele afirmou que o brasileiro é vítima de muita politicagem e pouca técnica no setor.
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E o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura lembrou que boa parte do dinheiro para cobrir os rombos no setor virá de bancos públicos. Falando a Denise Campos de Toledo, o professor Adriano Pires chamou de chutes os anúncios do governo Dilma sobre os aumentos na conta de luz.
Outro economista enfatizou que chegou a hora de acabar com a improvisação e se voltar ao planejamento ausente no governo Dilma. Fábio Silveira citou o aumento de 18% na conta de luz em São Paulo como exemplo dos problemas criados pelo governo que aí está.
Silveira culpou o achatamento tarifário determinado por Dilma Rousseff no ano passado pela crise financeira das distribuidoras. E outros especialistas lembraram que o atraso de 60% nas obras das linhas de distribuição contribui pesadamente pela conta de luz mais cara no país.
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