Governo da Argentina admite que insegurança no país é “um problema”

  • Por Agencia EFE
  • 16/03/2014 16h23

Buenos Aires, 16 mar (EFE).- O chefe de gabinete do governo da Argentina, Jorge Capitanich, admitiu neste domingo que a crescente insegurança vivida no país se transformou em “um problema”, embora tenha informado que o aumento de recursos para as forças de segurança “não é o melhor modo de combatê-la”.

Em uma entrevista a um canal de televisão local, Capitanich afirmou que o aumento da insegurança não se resolve apenas com mais patrulheiros, policiais ou câmeras, mas sim com trabalhando na inclusão social e na equidade distributiva.

“A segurança pública é um fenômeno com múltiplas causas. Quando alguém faz uma calçada, uma iluminação pública, garante o acesso à educação ou à saúde está fazendo algo contra a insegurança”, declarou.

Para Capitanich, o crescimento do número de delitos e a insegurança em geral são problemas globais.

“Se você comparar (Buenos Aires) com o resto das cidades de maior concentração populacional da América Latina verá um índice inferior”, apontou.

A insegurança ocupa o primeiro lugar entre as preocupações dos argentinos, segundo uma recente pesquisa realizada pela empresa de consultoria Raúl Aragón & Asociados e divulgada pela imprensa local. O estudo indica que, em fevereiro, 43,20% dos argentinos consideravam que esse era o principal problema do país, acima da inflação (22%) e da corrupção (3,1%).

O governo da província de Buenos Aires anunciou ontem que reforçará as medidas de segurança nos ônibus após o assassinato de um motorista, na quinta-feira passada, que provocou uma greve no setor e protestos de milhares de cidadãos.

Neste sentido, Capitanich explicou que os casos de insegurança acontecem em diferentes lugares e isso requer definir claramente as responsabilidades. “

“A segurança pública é competência das províncias, mas a percepção popular é fazer responsável o governo nacional. O que o governo nacional pode fazer? O que faz: colocar reforços, assumir competências específicas em lugares correspondentes e estabelecer um mecanismo de intervenção”, concluiu. EFE

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