Governo da Catalunha se responsabiliza por abertura de locais para consulta

  • Por Agencia EFE
  • 08/11/2014 21h38

Barcelona, 8 nov (EFE).- O governo da Catalunha informou na noite deste sábado que o Executivo catalão “é o único responsável por autorizar o acesso a locais públicos” que serão usados como pontos de votação da consulta popular e acusou o governo espanhol de “criar um pouco de confusão” para que poucas pessoas participem da consulta.

Com um breve comunicado, o governo catalão ressaltou que “não se pode pedir a identificação de voluntários que nada têm a ver com esta autorização” e disse que os voluntários poderão desempenhar suas funções “com total normalidade” no domingo.

Desta forma, o governo da região respondeu ao anúncio da Procuradoria Superior da Catalunha, que solicitou ao governo catalão que diga se ordenou a concessão de escolas para a consulta popular. O órgão também pediu à polícia que identifique os responsáveis pela abertura de estabelecimentos públicos que serão usados como centros de votação.

Em entrevista à emissora “Catalunya Ràdio”, o porta-voz do governo catalão, Francesc Homs, avisou os voluntários que participarão da consulta para ficarem “absolutamente tranquilos” porque sua tarefa é “perfeitamente legal”.

Homs associou as ordens da Procuradoria à vontade “do Partido Popular (PP) e do governo de criar um pouco de confusão para ver se menos pessoas votarão” no domingo e afirmou que o governo espanhol assistirá uma “participação gigantesca”.

Além disso, Homs comentou que o governo catalão “não recebeu formalmente” a notificação da Procuradoria, mas garantiu que quando a receber concederá “a informação” pedida.

A nota lembra que foi pedido um esclarecimento ao Tribunal Constitucional sobre a suspensão da consulta popular e que ainda não recebeu uma resposta.

A Procuradoria Superior da Catalunha começou uma investigação para saber se houve ordens do governo catalão para que escolas fossem cedidas para a votação e pediu à polícia para identificar os responsáveis pela abertura dos locais públicos que serão usados como pontos de votação.

O órgão solicitou ao departamento de Ensino do governo regional que diga se “existem ordens ou instruções” governamentais aos responsáveis pelas escolas públicas para que cedessem os locais para a votação e “se foram convocadas reuniões com responsáveis de centros públicos” para solicitar a disposição dos espaços.

A Procuradoria também solicitou ao diretor-geral da polícia que forneça uma relação dos locais ou edifícios públicos que serão usados como pontos de votação e que “identifique” os responsáveis por permitir o acesso aos locais.

A Procuradoria Superior da Catalunha pede à polícia que repasse “com urgência” toda a informação pedida.

Em terceiro lugar, a Procuradoria solicitou à empresa Unipost que envie todos os documentos relacionados à distribuição da propaganda da consulta popular, inclusive orçamentos e faturas, e que detalhe “que pessoa ou entidade forneceu a lista de destinatários” da propaganda ou de que forma a obteve. EFE

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