Governo da Malásia já sabia há muito tempo que avião estava naquele local, diz especialista

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2014 16h02

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, afirmou que o Boeing 777 caiu no Oceano Índico com 239 pessoas a bordo e não há sobreviventes. Apesar da declaração de Razak, os destroços do avião ainda não foram localizados. De acordo com o especialista em segurança de voo, Carlos Camacho, a aeronave pode ter caído ou sido derrubada, mas, diante da informação do Primeiro Ministro, o governo da Malásia já sabia há tempo da situação do Boeing.

“Se nós realmente já estamos comunicando a sociedade mundial de que o avião está num determinado ponto, eles já sabem e já sabiam desde muito tempo que estava naquele local onde ele se encontra, no Oceano Índico, até mesmo porque equipamentos moderníssimos e essa constelação de satélites sobre o planeta, não tem como algo escapar dos olhos eletrônicos e mágicos desses satélites. Eles sabiam há muito tempo”, afirmou o especialista.

Segundo Camacho, existe um transmissor localizador de emergência, conhecido como ELT, e não é possível desligá-lo da cabine. Mas a partir do momento em que haja um impacto ou contato com a água, ele é acionado e passa a emitir sinal eletrônico de localização que os satélites pegam na primeira hora.

O especialista ainda não descartou um possível atentado terrorista. “Eu, como piloto, prefiro acreditar que o piloto teve sua cabine invadida e, aí sim, a partir dali, a tripulação foi, de alguma forma, rendida e o sequestrador ou os sequestradores tenham levado o avião para uma determinada localidade, sabe-se lá com que intenção. Se era ou se seria chegar na Austrália e mergulhar esse avião como foi feito em 11 de setembro”, opinou.

Camacho ainda disse que a possibilidade da aeronave ter se desintegrado no ar não é remota, já que todos os aviões têm limites estruturais e se não forem respeitados, os primeiros componentes que são deixados no ar são as asas.

Confira a entrevista completa do especialista em segurança de voo no áudio acima.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.