Governo de Hadi pede intervenção militar dos países árabes no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 25/03/2015 12h11
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Sana, 25 mar (EFE).- O governo do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, pediu nesta quarta-feira uma intervenção militar dos países árabes no Iêmen para frear ao movimento xiita dos houthis.

Em entrevista para as emissoras árabes “Al Jazeera” e “Al Arabiya”, o ministro das Relações Exteriores, Riad Yassin, explicou que foi solicitada uma intervenção “direta”, especialmente aérea, em um encontro no Egito com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby,

Amanhã, diplomatas dos países árabes terão uma reunião na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh para estudar a questão.

Hadi também pediu ao Conselho de Segurança da ONU que emita uma resolução autorizando uma intervenção militar no país, segundo uma carta divulgada nas últimas horas.

Yassin revelou que os contatos com os líderes árabes já começaram, e que “a forma de intervenção depende do que os especialistas e responsáveis dos países” decidirem.

O ministro defendeu a intervenção aérea porque os aviões de combate dos houthis efetuam bombardeios e suas forças não têm meios para enfrentar a ameaça.

O chanceler denunciou que há pilotos do Irã participando dos bombardeios, e acusou tanto Teerã como ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh de apoiar o movimento xiita.

“Todos os países do mundo apoiam a legitimidade de Hadi menos o Irã”, criticou Yassin.

O ministro lamentou que o diálogo entre as várias forças políticas terminou devido à situação no terreno.

O avanço dos houthis ganhou força após o movimento tomar o controle na madrugada da estratégica base militar de Al Anad e depois de A Huta, capital da província de Lahech, a 50 quilômetros da cidade de Áden.

O próprio palácio presidencial de Áden foi bombardeado hoje, e se desconhece o paradeiro de Hadi.

Hadi estabeleceu sua sede e a de seu governo em Áden após fugir de Sana em 21 de fevereiro e renunciar, após a tomada do poder da capital por parte do movimento xiita.

Em Áden, Hadi se retratou no mês passado de sua renúncia e anunciou que continuava sendo o presidente legítimo do país, em oposição ao determinado pelos houthis. EFE

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