Governo de SP pagará bônus a professores estaduais esta semana

  • Por Agência Brasil
  • 13/04/2016 18h55
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Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens sala de aula

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou decreto que oficializa o pagamento de bônus de R$ 450 milhões a 223,8 mil servidores da Secretaria da Educação. Cada um receberá, em média, R$ 2 mil.

O decreto foi publicado nesta terça-feira (12) no Diário Oficial e o benefício será pago até sexta-feira (15). O sindicato da categoria critica o modelo de bonificação e reivindica reajuste salarial que cubra a inflação.

De acordo com a secretaria, terão direito ao bônus apenas os funcionários das escolas estaduais que atingiram ou superaram as metas previstas para o ano do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp).

O órgão informou que “o pagamento do bônus está mantido apesar da grave crise econômica que o país enfrenta e também após a educação ter feito uma consulta pública em que a maioria (92,6%) dos servidores apontou pelo pagamento do benefício”, em vez do reajuste.

Críticas

A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, defendeu uma política de valorização dos profissionais, com reajuste que compense as perdas com a inflação. Os servidores pedem 16,6% de aumento. “Quando pedimos 16,6% é porque estamos há 20 meses sem reajuste salarial, sem nada”.

Segundo Maria Izabel, a política de bônus não atende à necessidade de reajuste, porque o valor não é incorporado ao salário nem à aposentadoria dos servidores. Segundo a sindicalista, o bônus “vai representar muito pouco” para a categoria e demonstra uma “política de exclusão”, já que nem todos os professores receberão.

Sobre a consulta pública citada pela secretaria, em que a maioria teria preferido o bônus ao reajuste, Maria Izabel acredita que o resultado está distorcido, porque apenas 44 mil profissionais opinaram. “Essa consulta é duvidosa. Qual é a cientificidade dessa pesquisa? Quarenta e quatro mil representam cargos de comando: dirigentes, supervisores, diretores. Até pode ter alguns professores, mas uma parcela muito pequena”, criticou. Segundo o sindicato, o estado tem 232 mil servidores na Educação.

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