Governo de SP rescinde parte do contrato de construção do metrô com a Isolux
São Paulo, 20 mar (EFE).- O governo do estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira que rescindiu parte do contrato firmado com o grupo espanhol Isolux Corsán para a construção da segunda fase de uma das linhas de metrô da capital paulista.
A direção do Metrô, empresa estatal sob responsabilidade do governo de Geraldo Alckmin, informou em comunicado que a decisão foi tomada entre as partes após uma visita de representantes do Banco Mundial, órgão que financia a construção da linha 4 do sistema.
“Tivemos conversas com o Banco Mundial e com a Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo que transcorreram de forma positiva para conseguirmos um acordo amigável”, disse à Agência Efe a assessoria de imprensa da Isolux no Brasil.
De acordo com nota divulgada pelo Metrô, a companhia espanhola deverá retomar até o fim de abril as obras que foram paralisadas em fevereiro e “terá 12 meses para concluir duas estações (Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire), além do terminal de ônibus (do bairro) Vila Sônia”. Essas obras correspondem à primeira fase da construção da linha 4.
“O contrato para executar a segunda fase será rescindido pelo Metrô, que fará uma nova licitação para a conclusão das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia”, acrescenta a nota.
O Metrô lembra que em janeiro deste ano “acionou o consórcio espanhol pela redução de empregados nos canteiros e pelo ritmo das obras”. Com a nova negociação, está “garantida a disponibilidade dos recursos para a conclusão das obras”.
Alckmin tinha ameaçado em fevereiro rescindir todo o contrato com a Isolux Corsán por considerar o ritmo das obras inadequado.
A linha 4, a única entre o centro e o oeste da cidade, transporta atualmente 690 mil dos 3,8 milhões de passageiros diários no metrô de São Paulo. EFE
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