Governo de SP vê dificuldades para reajustar salário de professores
Os professores do estado de São Paulo devem se reunir ainda neste mês para definir os rumos da categoria frente a um panorama não muito favorável em termos salariais.
Governo de São Paulo ainda não tem previsão de quando poderá oferecer reajuste a professores da rede estadual. O último aumento salarial da categoria ocorreu em 2014. Em 2015, os docentes fizeram greve de 92 dias, a maior da história. A Apeoesp, o sindicato dos professores, deve definir neste mês se cruza os braços novamente, pedindo reajuste de 16,6% por cento.
O secretário estadual da educação, José Renato Nalini, afirma que tem tentado encontrar alternativas financeiras para conceder aumento, sem sucesso Eu tenho insistido muito e infelizmente não tenho encontrado respostas favoráveis a esse reajuste”, lamenta Nalini. “Entendo que (o reajuste) é legítimo, eles têm razão de pleitear e eu estou fazendo o possível para encontrar a fórmula”, afirmou o secretário.
O governador de São Paulo ressaltou que o estado ofereceu R$ 500 milhões em bônus de desempenho aos docentes. O sindicato dos professores, porém, não consideram o bônus como política de reajuste salarial e pedem um aumento a todos os profissionais. Geraldo Alckmin avalia, no entanto, que as finanças paulistas sofrem dificuldades como reflexo da crise generalizada.
“Infelizmente no mês de setembro ainda tivemos uma perda de mais de R$ 1 bilhão comparativamente à previsão da lei orçamentária”, diz Alckmin. O governador afirmou que o Estado vai aumentar porcentualmente seu investimento em educação, que hoje é de 30% do orçamento, mas não por causa de reajuste salarial ou outro bom motivo. “Vamos chegar talvez a 32% neste ano. Porque, como caiu a arrecadação, o porcentual sobe”.
Numa outra frente, o governo do Estado autorizou a convocação de 20 mil professores que foram aprovados num concurso em 2013. Eles devem atuar a partir do ano que vem e serem distribuídos de maneira regionalizada em todas as 91 diretorias de ensino.
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