Governo Dilma tenta maquiar e enganar sociedade, diz Eduardo Giannetti
Ministro da Fazenda Joaquim Levy e presidente Dilma Rousseff se cumprimentam durante lançamento do programa Bem Mais Simples
Ministro da Fazenda Joaquim Levy e presidente Dilma Rousseff se cumprimentam durante lançamento do programa Bem Mais SimplesO economista Eduardo Giannetti da Fonseca falou a Denise Campos de Toledo sobre a situação do País. Ele avaliou os últimos movimentos da política econômica de Dilma e sua equipe.
Para Giannetti, na hora em que precisava agir, o governo “preferiu ficar parado, mostrou enorme indefinição”. Depois, “precipitadamente”, mandou ao Congresso um orçamento deficitário, o que causou a perda do grau de investimentos pela Standard and Poors.
Então, Dilma “montou às pressas, de maneira muito precipitada, esse pacote de corte de gastos”. “Vamos chegar a um impasse cada vez mais grave de ingovernabilidade”, avalia.
O conselheiro econômico da campanha de Marina Silva nas últimas eleições presidenciais afirmou que “o governo Dilma tentou mais uma vez maquiar e enganar a sociedade”.
Ao escolher para o ministério da Fazenda “alguém simbólico como Joaquim Levy”, que tem o prestígio do mercado financeiro, Dilma “tentou fingir que ia mudar”, criticou o economista. Porém, “ele (Levy) não teve condições de fazer as coisas”. Além disso, “o governo não soube usar o capital político” logo depois que foi reeleito.
“A situação fiscal brasileira vem se deteriorando em câmera lenta desde a constituição de 1988”, avalia Giannetti. “Em todos os governos, aumentou a carga tributária”, constata.
“O governo Dilma apertou o botão fast forward“, ilustra o economista. O que a presidente teria feito é “acelerar processo de deterioração das finanças públicas do Brasil”.
Giannetti defende discutir a reforma tributária e o pacto federativo como medidas de eventuais saídas da crise. Ouça a entrevista completa no áudio do começo do texto.
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