Governo do Mali fixa em 13 mortos o saldo final do atentado contra hotel

  • Por Agencia EFE
  • 10/08/2015 10h19

Bamaco, 10 ago (EFE).- O governo do Mali fixou na noite de domingo o saldo final de mortos no ataque contra um hotel na periferia de Mopti em cinco agentes da missão da ONU (Minusma), quatro soldados malineses e quatro terroristas.

Até o momento, nenhum grupo reivindicou o ataque contra o Hotel Byblos, mas tudo aponta para um atentado jihadista, pois o alvo eleito (um hotel cheio de estrangeiros) é um dos preferidos pelos grupos salafistas.

Como já tinha informado previamente a ONU, os cinco membros de sua missão mortos no ataque são um motorista malinês, dois ucranianos, um sul-africano e um nepalês.

A eles é necessário acrescentar quatro soldados das Forças Armadas Malinesas (FAMA) que foram ao local para tentar controlar os atacantes, que perderam nos combates quatro de seus membros.

Além disso, oito soldados da FAMA ficaram feridos, enquanto sete atacantes foram detidos.

O governo louvou em seu comunicado de ontem à noite “o profissionalismo e a delicadeza” de suas forças especiais, o que permitiu libertar quatro reféns que foram presos pelos terroristas (dois ucranianos, um russo e um sul-africano).

Quanto à suposta intervenção francesa na operação, o governo precisou que na operação no Mali, enquadrada sob o nome de Berkane, se limitou a “colaborar no transporte” das forças especiais malinesas para o hotel.

Segue em curso uma investigação conjunta do governo malinês e da Minusma “para determinar os fatores deste ataque e seu desenlace”, e o governo lembra que este atentado não servirá para “desviá-lo de seu caminho na erradicação total do terrorismo”.

O comunicado nada diz sobre o outro fato grave registrado ontem domingo, neste caso na cidade de Gaberi (região de Timbuktu), onde um grupo desconhecido matou dez civis, saqueou a população e queimou várias casas antes de fugir.

Embora na zona haja remanescentes jihadistas, fontes policiais contatadas pela Agência Efe apontaram para um ataque de caráter étnico ou delitivo, sem conotações políticas. EFE

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