Governo do Quênia diz que Al Shabab quer instaurar califado islâmico no país

  • Por Agencia EFE
  • 02/12/2014 12h32

Nairóbi, 2 dez (EFE).- O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, afirmou nesta terça-feira que o grupo terrorista somali Al Shabab, que na noite de ontem executou 36 trabalhadores em uma pedreira do nordeste, pretende instaurar um califado extremista no Quênia.

“Não vamos retroceder nem ceder em nossa guerra contra estes terroristas que estão tentando estabelecer um califado extremista na região”, disse o chefe de Estado em discurso à nação.

O Quênia sofre uma onda de atentados após as tensões entre a polícia e jovens muçulmanos na cidade litorânea de Mombaça.

Embora o porta-voz do Al Shabab, Ali Mohamud Rage, tenha justificado o ataque como “uma resposta à ocupação queniana de terras muçulmanas” e às “atrocidades cometidas pelo governo”, Kenyatta insistiu que “esta não é uma guerra contra o governo, mas uma guerra contra todos os quenianos”.

“O Al Shabab esteve recrutando e radicalizando nossos jovens”, explicou o líder, por isso pediu à comunidade muçulmana que fique ao lado do Quênia na luta contra o terrorismo.

O presidente pediu à imprensa que seja uma mediadora “honesta” e que não se transforme em alto-falante dos alertas islamitas.

Em 22 de novembro, um comando do grupo terrorista somali disparou contra 28 passageiros de um ônibus em Mandera após identificá-los como não muçulmanos.

O Al Shabab, que em 2012 anunciou uma adesão formal à Al Qaeda e luta para instaurar um estado islâmico de corte wahhabista na Somália, foi incluído em março de 2008 na lista de organizações consideradas terroristas pelo governo americano. EFE

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