Governo do Sudão do Sul libertou sete detidos políticos

  • Por Agencia EFE
  • 29/01/2014 13h37
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Nairóbi, 29 jan (EFE).- Sete presos políticos foram libertados pelo governo do Sudão do Sul e agora se encontram na capital queniana, Nairóbi, confirmou nesta quarta-feira presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta.

“Me agrada anunciar que hoje, o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, libertou e deixou sob minha custódia sete de onze detidos”, disse o presidente.

“É possível vê-los atrás de mim”, afirmou em entrevista coletiva televisionada concedida na State House, a residência oficial do chefe de Estado queniano em Nairóbi.

Em aparente bom estado de saúde, os libertados disseram que embora reconhecem Kiir como seu presidente e não como “um inimigo”, desejam uma solução imediata para o país.

“Não sentimos ressentimento, só estamos tristes pela crise que atravessa nosso país justo após conseguir a independência”, disse o ex-ministro da Justiça John Luk em nome dos sete presos libertados, que chegaram nesta tarde ao Quênia.

O governo de Kiir deteve onze militares e políticos após a suposta tentativa golpista do ex-vice-presidente e atual líder rebelde, Riek Mashar. A libertação foi uma das principais condições para o acordo de cessar-fogo assinado por ambos os lados em 23 de janeiro em Adis-Abeba (Etiópia).

Os outros quatro detidos permanecem no Sudão do Sul, disse Kenyatta, que se comprometeu em nome da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad) -o bloco regional mediador da África Oriental na crise do Sudão do Sul- a continuar com as conversas sobre a questão “com nosso irmão” Kiir.

Os líderes do Leste da África debaterão a maneira de restabelecer um mecanismo de monitoramento e verificação do cessar-fogo assinado há seis dias.

“Na cúpula da Igad em Nairóbi chegamos a um acordo que um dos principais compromissos do Sudão do Sul devia ser a libertação destes detidos. Por isso, agradeço ao governo do Sudão do Sul o cumprimento do acordo”, disse o presidente queniano.

O pacto de cessar-fogo entre Kir e Mashar foi alcançado após várias semanas de negociações mediadas pela Igad.

Ambos os lados pactuaram buscar uma solução para o assunto dos rebeldes detidos pelo governo sul-sudanês, questão que tinha dificultado o diálogo.

Aproximadamente 10 mil pessoas morreram durante os enfrentamentos, segundo cálculos do Grupo Internacional de Crise, organização internacional não governamental especializada na análise de conflitos.

Pelo menos 335 mil pessoas foram obrigadas a abandonar seus lares pela violência no Sudão do Sul e 78 mil se refugiaram nos países vizinhos, segundo informou na terça-feira passada o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. EFE

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