Governo dos EUA avisa que repovoar Detroit exige mudanças legais

  • Por Agencia EFE
  • 24/01/2014 21h48
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Washington, 24 jan (EFE).- O governo dos Estados Unidos advertiu nesta sexta-feira que o plano do estado de Michigan para repovoar Detroit com 50 mil imigrantes com vistos especiais exigiria uma mudança na legislação de imigração para se tornar realidade.

A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, fez a ponderação em entrevista coletiva e explicou que os vistos para atrair população para a cidade do motor já existem e que, para usá-los com outros propósitos, as leis migratórias precisariam ser modificadas.

O governador de Michigan, Rick Snyder, propôs nesta quinta-feira as autoridades federais a criação de vistos especiais para que nos próximos cinco anos 50 mil imigrantes de alta formação se transfiram para Detroit, uma cidade imersa na crise e que declarou falência ano passado.

Esse visto, segundo a proposta, não exigiria que o imigrante tenha uma oferta de trabalho prévia para entrar no país.

As autoridades federais só podem expedir 40.040 vistos EB-2, os destinados a profissionais estrangeiros com alta formação ou habilidades excepcionais em tecnologia, ciência, arte ou na indústria automobilística.

Essa cota é anual para todo o país e nunca antes foi aberto o precedente de vistos para uma cidade ou um estado específico.

“Para que a recuperação econômica seja melhor e mais rápida, pedimos ao governo federal: nos dê 50 mil vistos para cinco anos para imigrantes altamente formados, que vivam e trabalhem em Detroit”, argumentou hoje Snyder, em um painel sobre a reforma migratória no National Press Clube de Washington.

“Aqui há uma oportunidade para uma cidade que já está voltando, apesar da falência. É uma oportunidade espetacular”, estimulou Snyder sobre a cidade que enfrenta a pior crise municipal da história dos Estados Unidos.

“Isto não requer dinheiro do orçamento e é uma forma de superar os problemas econômicos, insistiu o governador de Michigan.

“Nosso sistema migratório está quebrado. Nosso país precisa de uma ampla reforma que conduza a cidadania, continue reforçando a segurança da fronteira e leve nosso sistema ao século XXI”, acrescentou Harf, que lembrou o compromisso de Obama de aprovar a nova lei migratória esse ano. EFE

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