Governo dos EUA expandirá papel de suas tropas no Afeganistão em 2015
Washington, 22 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou recentemente uma ordem autorizando a expansão do papel das tropas americanas no Afeganistão em 2015, que poderiam envolver-se em operações de combate, confirmou neste sábado um funcionário americano.
“Embora não vamos continuar perseguindo os insurgentes apenas por ser membros dos talibãs, dado que os talibãs ameaçam diretamente às forças dos EUA e à coalizão no Afeganistão ou fornecem apoio direto à Al Qaeda, tomaremos medidas apropriadas para manter os americanos seguros”, declarou à Agência este funcionário, que pediu anonimato.
Deste modo, acrescentou a fonte, “os EUA poderão oferecer apoio em combate às tropas afegãs em circunstâncias limitadas para prevenir perdas estratégicas a estas forças de segurança”.
Estas revelações sobre a expansão papel dos EUA no Afeganistão foram antecipadas pelo jornal “The New York Times” ontem à noite.
Os acordos selados com o Afeganistão este ano preveem a presença no país de 9.800 soldados americanos até o final de 2015, após a retirada da Otan neste ano.
Em princípio, sua missão estaria limitada a combater os resquícios da Al Qaeda e treinar e auxiliar as forças afegãs.
No entanto, a mudança na estratégia responde às pressões do Pentágono para completar com sucesso a missão no Afeganistão, a guerra mais longa da história dos EUA, e permitirá às forças americanas executar missões contra os talibãs e outros grupos que sejam uma ameaça para elas ou o governo afegão.
A ordem presidencial autoriza, sob determinadas circunstâncias, os bombardeios americanos para apoiar as operações militares afegãs, assim como o envio de tropas terrestres para auxiliar em operações contra os talibãs.
Além disso, abre a porta ao uso de bombardeiros e drones (aviões não tripulados) para apoiar às tropas afegãs nas missões de combate.
Após 13 anos de guerra e o anúncio da saída das tropas americanas para o final deste ano, o governo dos EUA está preocupado com a fraqueza das autoridades locais na hora de enfrentar sozinho a ameaça dos insurgentes talibãs, que continuaram seus ataques a postos do exército afegão e da coalizão internacional. EFE
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