Governo e Farc estabelecem detalhes de anistia por delitos políticos

  • Por Agencia EFE
  • 23/09/2015 23h46
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Havana, 23 set (EFE).- O Estado da Colômbia outorgará a anistia “mais ampla possível” para os delitos políticos, mas deixará fora dessa medida os crimes que a legislação nacional tipifica como sendo contra a humanidade, genocídio ou graves crimes de guerra, segundo um acordo alcançado nesta quarta-feira pelo governo e as Farc.

As partes anunciaram hoje um transcendental acordo sobre justiça transicional, na presença do presidente Juan Manuel Santos e do líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, em um encontro inédito até o momento.

Entre os delitos que ficarão fora desse indulto também estão outros atos graves como a tomada de reféns, privações graves de liberdade ou a tortura, segundo o comunicado conjunto sobre o acordo que leram hoje em Havana os representantes dos países fiadores, Cuba e Noruega.

Também ficarão fora da anistia crimes como o deslocamento forçado, o desaparecimento forçado, as execuções extrajudiciais e a violência sexual.

“Esses delitos serão objeto de investigação e julgamento por parte da jurisdição especial para a paz”, que as partes acordaram e que facilita o caminho para um acordo de paz definitivo, que esperam assinar em um prazo de seis meses.

Representantes dos países fiadores, Cuba e Noruega, Rodolfo Benítez e Dag Nylander, leram o comunicado do acordo, acompanhados das duas delegações de paz completas, lideradas por Santos e “Timochenko”.

Foram os chefes negociadores Humberto de la Calle, pelo governo, e “Ivan Márquez” (codinome de Luciano Marín Arango), pelos insurgentes, quem assinaram o documento do acordo. EFE

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