Governo espanhol cria comitê especial para lidar com crise do ebola
Madri, 10 out (EFE).- O governo espanhol anunciou nesta sexta-feira a criação de um comitê especial para tramitar a crise do vírus do ebola, que será integrado por altos cargos de diferentes ministérios e contará com a assessoria de um comitê científico de especialistas.
A vice-presidente do Executivo, Soraya Sáenz de Santamaría, explicou a criação dessa entidade, que pretende dar resposta ao problema criado com o surgimento do primeiro caso de contágio ocorrido fora da África.
A auxiliar de enfermagem Teresa Romero, de 44 anos, continua em estado grave em um hospital de Madri após ter se infectado quando fazia parte da equipe que atendeu o religioso Manuel García Viejo, que morreu no dia 25 de setembro.
Anteriormente, em 12 de agosto, tinha morrido por causa da mesma doença o missionário Miguel Pajares.
O contágio de Teresa gerou um grande alarme na sociedade espanhola e a necessidade de revisar os protocolos de saúde aplicados para detectar eventuais erros.
O presidente do Governo, Mariano Rajoy, foi nesta sexta-feira ao hospital Carlos III de Madri para saber sobre o tratamento a Teresa e a outras 13 pessoas que estão isoladas e sob vigilância por terem tido relação com a auxiliar de enfermagem em algum momento.
Por enquanto, os testes realizados em dois deles não detectaram que algum apresente sintomas do vírus.
Ao sair do hospital, Rajoy fez uma breve declaração à imprensa na qual assegurou que o risco de o ebola se propagar na Espanha “é muito baixo”, segundo as indicações da Comissão Europeia e da Organização Mundial da Saúde.
Rajoy afirmou que agora “o primeiro objetivo” na luta contra o ebola na Espanha “se chama Teresa Romero”, em alusão à técnica contagiada e expressou sua gratidão pelo “esforço”, trabalho e dedicação” dos profissionais de saúde. EFE
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