Governo estuda eliminar dez ministérios para ser mais eficiente

Brasília, 24 ago (EFE).- O governo brasileiro anunciou nesta segunda-feira que estuda a possibilidade de eliminar dez ministérios, em um plano de “busca de uma mais eficiência” que pretende reduzir a 29 o número de pastas no gabinete da presidente Dilma Rousseff.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse em entrevista coletiva que ainda não há uma decisão tomada nem quais seriam os ministérios eliminados, mas indicou que isso será definido nas próximas semanas.

“O objetivo é chegar à meta de dez ministérios. Existem várias propostas possíveis para alcançá-la, mas precisamos escutar todos” os membros do governo, explicou Barbosa.

A eliminação de dez dos 39 ministérios que existem hoje seria adotada dentro de plano de “busca de mais eficiência”, que também implicaria em uma redução do número de cargos com contratos temporários na administração pública.

Barbosa admitiu que essas medidas ajudarão a reduzir os gastos públicos em um cenário de dificuldade econômica, mas insistiu que a meta é conseguir “um melhor funcionamento e um aumento da produtividade do governo”.

A redução do número de ministérios, que chegou a 39 durante na última década, é reivindicada há anos pela oposição, que acusa os últimos governos de terem usado as pastas para atender aos interesses dos partidos da base de apoio dos governos Lula e Dilma.

A base de apoio ao governo está liderada pelos partidos dos Trabalhadores (PT), de Rousseff, e do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que lidera o vice-presidente Michel Temer.

A esses dois grupos, se somam os partidos Republicano Brasileiro (PRB), da República (PR), Progressista (PP), Comunista do Brasil (PCdoB), Republicano da Ordem Social (PROS) e Social Democrático (PSD).

Cada uma dessas formações ocupa pelo menos um Ministério, por isso / pelo que em caso de confirmar-se a eliminação de dez despachos, algumas até pudessem ficar sem representação no gabinete.EFE