Governo francês levará “muito a sério” caso de drones em Paris

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2015 10h48

Paris, 25 fev (EFE).- A presença de drones em diversos lugares do céu de Paris, cujo espaço aéreo é proibido, é um assunto “muito sério”, segundo o porta-voz do Executivo francês, Stéphane Le Foll, que também amenizou a situação ao dizer que isso não deve ser motivo para a população ficar preocupada.

“Não é para ficar preocupado, mas manter uma vigilância, é um assunto que nós levamos muito a sério”, declarou Le Foll poucas horas depois que, pela segunda noite consecutiva, drones fossem avistados em diversos pontos da cidade.

O porta-voz do governo afirmou após o Conselho de Ministros que há uma investigação aberta e que será feito o possível para “encontrar os responsáveis pelos voos”.

“Não é um assunto fácil, todo o mundo pode usar um drone, fazê-lo voar. Mas não vamos tratar isso como se fosse uma brincadeira”, disse.

Le Foll comentou que esse tipo de caso já foi registrado em outros lugares do mundo e lembrou que tanto a Casa Branca como a Chancelaria alemã também foram sobrevoados por objetos não tripulados, algo que também ocorreu no Palácio do Eliseu no dia 20 de janeiro.

No entanto, nos dois últimos dias se trata de uma série de aviões avistados em diversos pontos da cidade. Nesta madrugada, os drones foram vistos perto da Praça da Concórdia, em um dos extremos dos turísticos Champs-Elysées e junto à Embaixada dos Estados Unidos. Ao contrário da noite anterior, a polícia conseguiu filmar os drones.

Também foram avistados objetos em zonas periféricas do norte da cidade e no município vizinho de Issy-les-Moulineaux, ao sul.

No primeiro dia foram vistos drones em lugares emblemáticos como a Torre Eiffel, o Palácio dos Inválidos ou a Praça da Bastilha.

A procuradoria abriu uma investigação na terça-feira por voo sobre zonas proibidas, que foi encarregada à brigada de transporte aéreo da Gendarmaria.

O espaço aéreo dessa parte de Paris está fechado desde 1948. Até o momento não há nenhuma detenção registrada sobre este caso.

Sete semanas depois dos atentados contra a revista satírica “Charlie Hebdo”, a cidade adotou extremas medidas de segurança, como uma expecional mobilização policial e militar nas ruas e em frente a lugares considerados “sensíveis”.

Nos últimos meses, drones também foram vistos sobre usinas nucleares da França, cujo espaço aéreo é proibido. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.