Governo garantirá recursos para obras sem atraso
Governo federal garante recursos financeiros apenas para obras com 70% dos cronogramas concluídos. Os cortes no orçamento trarão impacto profundo à construção civil, um dos setores que atravessam momento delicado em 2015. Do ajuste fiscal de R$69 bilhões, R$33 bilhões vão sair do Programa de Aceleração do Crescimento e do Minha Casa, Minha Vida.
Em entrevista ao repórter Marcelo Mattos, o vice-presidente do Sinduscon, Eduardo Zaidan, ressalta a expectativa de paralisação das obras. “Os cronogramas que atingiram mais de 70% da execução estão com recursos garantidos, as que não começaram ou estão mais atrasadas não tem recursos garantidos”, afirma.
Somente entre outubro de 2014 e abril deste ano, a indústria da construção civil perdeu 290 mil postos de trabalho.
O presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas, Luciano Amadio, condena o corte de investimentos. “A gente apoia que o ajuste fiscal seja feito, mas não em cima de investimentos no Brasil do jeito que está, senão você cria um círculo vicioso ao invés de um circulo virtuoso”, critica. Além do impacto futuro no setor, a APEOP lembra que o governo federal tem uma dívida com as construtoras de R$1,2 bilhão de reais.
A Confederação Nacional da Indústria aponta que o nível de atividade da construção civil atingiu o menor patamar da história este ano.
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