Governo grego trabalha na lista de reformas que enviará ainda hoje

  • Por Agencia EFE
  • 23/02/2015 11h52
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Atenas, 23 fev (EFE).- O governo da Grécia ainda trabalha na elaboração da lista de reformas estipulada com o Eurogrupo em troca da extensão do programa de ajuda, documento que será enviado ao longo do dia para Bruxelas (Bélgica).

Fontes do governo disseram à Agência Efe que a lista será encaminhada no final da tarde (horário local).

O momento de envio do documento com as medidas causou certo conflito nos meios de comunicação, pois alguns diziam que a lista só chegaria amanhã, enquanto outros garantiram que ela já tinha sido recebida em Bruxelas.

“Nós nunca dissemos sobre enviar amanhã”, afirmou a fonte do governo grego.

Em entrevista para a emissora privada “Skai”, o porta-voz do governo, Gavriil Sakellaridis, explicou que a lista será analisada em uma teleconferência do Eurogrupo, mas assegurou que não será necessária uma reunião presencial.

Enquanto isso, o seu conteúdo permanece desconhecido. Segundo a imprensa local, a lista incluirá compromissos para combater a evasão fiscal e a corrupção, abordará a reforma do setor público e medidas para contornar a crise humanitária, mas não terá números concretos sobre a quantia que o governo espera arrecadar por meio delas.

O acordo com o Eurogrupo de semana passada não incluía a menção de números, mas linhas gerais, que deverão ser concretizadas antes do final de abril, quando os sócios europeus avaliarão se a Grécia aplicou as medidas e decidirão se pode ser iniciado o desembolso dos fundos pendentes do resgate.

Este valor é de 1,8 bilhão de euros procedentes da zona do euro e 1,9 bilhão de euros do Banco Central Europeu.

No entanto, alguns meios de comunicação fizeram contas sobre o que o governo espera poder arrecadar através de algumas das reformas, cálculos que a coalizão esquerdista Syriza já tinha antecipado parcialmente no denominado programa de Salônica, as linhas mestras do plano do partido divulgadas antes da campanha eleitoral.

Espera-se que a luta contra o contrabando de combustível e de tabaco permita uma receita de 1,5 bilhão e 800 milhões de euros, respectivamente, e a luta contra a corrupção mais 2,5 bilhões.

Segundo a imprensa, na lista não figurarão medidas relacionadas com a reforma trabalhista, a proteção contra o despejo de inquilino e a melhora das possibilidades de se pagar a prazos as dívidas com a Fazenda e a Seguridade Social, porque o governo considera isso questões de “política interna”.

Sakellaridis se limitou a afirmar que a lista terá algumas das reformas anunciadas pelo governo. EFE

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