Governo israelense aprova prorrogação de 24 horas à trégua humanitária

  • Por Agencia EFE com Jovem Pan
  • 26/07/2014 19h02
EFE Artilharia israelense atira na direção da Faixa de Gaza minutos antes do cessar-fogo

Jerusalém, 26 jul (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceitou um pedido da ONU para prorrogar por mais 24 horas a trégua humanitária que esteve em vigor neste sábado (26), informaram fontes do governo citadas pelos principais veículos de imprensa locais.

Netanyahu, que na noite do sábado se reuniu em Tel Aviv com os membros do gabinete para assuntos de segurança de seu Conselho de Ministros, aprovou uma interrupção nas atividades ofensivas do exército na faixa até a meia-noite de domingo a segunda-feira.

“O cessar-fogo cai bem, assim poderemos lidar com os túneis com calma”, disse à edição digital do jornal Yedioth Ahronoth uma fonte próxima ao governo israelense. Durante as próximas 24 horas o exército continuará trabalhando com os mais de 30 túneis descobertos até agora, dos que foram demolidos 16.

As fontes acrescentaram que a decisão foi adotada a pedido da ONU e sob a condição que o exército agirá se as milícias palestinas violaram a trégua, o que ocorreu de fato nas últimas quatro horas.

A decisão foi adotada apesar de que os palestinos haviam rejeitado antes uma prorrogação de quatro horas à trégua humanitária que esteve em vigor na zona entre as 8h e as 20h locais do sábado (2h às 14h do horário de Brasília), e que as duas partes respeitaram estritamente. A decisão de Israel de prorrogá-la até meia-noite não foi apoiada pelas milícias palestinas, que logo após o fim do período lançaram vários morteiros e foguetes contra cidades de Israel.

As Brigadas “Azadim al-Qassam”, braço armado do movimento islamita Hamas, assumiram o disparo de sete foguetes contra a cidade de Tel Aviv e contra a região de Nachal Oz, dos quais pelo menos um foi interceptado pela bateria antiaérea “Iron Dome” e nenhum deles causou vítimas ou danos.

Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento em Gaza, já tinha advertido minutos antes que as milícias islamitas não aceitavam a proposta de prolongar quatro horas mais a cessação das hostilidades, até a meia-noite. O movimento também não se pronunciou, por enquanto, sobre a prorrogação adicional de 24 horas.

Reunidos em Paris, os ministros de Relações Exteriores dos EUA, França, Alemanha, Itália, Catar, Reino Unido e a UE tinham solicitado no sábado uma extensão do cessar-fogo, 24 horas mais e com opção a renovação.Segundo indicaram fontes oficiais francesas, estas condições “impõem a cada parte uma espécie de autodisciplina”.

“O massacre não pode continuar, é insustentável, e todos os países que estavam na mesa de negociações falaram em uma só voz”, disseram as fontes francesas, que disseram que o objetivo é tornar a cessação longa e durável. EFE

 

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