Governo lança primeira licitação de 14 blocos petroleiros no Golfo do México

  • Por Agencia EFE
  • 11/12/2014 19h30

Cidade do México, 11 dez (EFE).- O governo mexicano ofereceu nesta quinta-feira às empresas mexicanas e estrangeiras 14 blocos petroleiros no Golfo do México na primeira licitação da chamada “Rodada Um”, que abre as portas desta indústria ao capital privado após 76 anos de monopólio estatal.

“Trata-se de um fato inédito em nosso país”, afirmou o ministro de Energia, Pedro Joaquín Coldwell, durante o lançamento da licitação, que estará aberta às companhias interessadas de 15 de janeiro a 15 de julho de 2015.

Os 14 blocos, os primeiros de um total de 169 que conformam a “Rodada Um”, ficam em frente à costa de Veracruz, Tabasco e Campeche, perto do campo de Cantarell, e abrangem uma superfície total de 4.222 quilômetros quadrados.

Coldwell afirmou que esta é a primeira licitação pública de jazidas de petróleo no México para que empresas nacionais e estrangeiras as explorem sob o esquema de contratos de produção compartilhada por um período de 25 anos, com possibilidade de duas prorrogações de cinco anos cada uma.

“O México está investindo muito nesta audaz abertura para a incorporação de novas empresas que nos apresentem capital e tecnologia na extração de hidrocarbonetos”, destacou o ministro da Energia.

As autoridades do setor informaram que as companhias interessadas poderão concorrer de maneira individual ou associadas, mas deverão ter um capital contábil de US$ 1 bilhão, além de experiência operacional nesta indústria.

A Unidade de Inteligência Financeira da Secretaria de Fazenda e a Comissão Nacional de Hidrocarbonetos revisarão os recursos apresentados pelas empresas para evitar que sejam de procedência ilícita.

Coldwell assinalou que esta rodada acontecerá em “em um entorno de volatilidade dos preços do mercado internacional de petróleo que obrigarão as empresas a serem mais seletivas quanto aos países e as áreas onde investirão”.

Esta instabilidade no mercado, disse, ressaltou “a oportunidade com que o México empreendeu sua reforma petrolífera”, pois neste ambiente adverso o Estado mexicano já não será o único que concentrará os riscos neste setor.

O titular de Energia destacou que com a reforma petrolífera, o México freará a queda de suas reservas de petróleo e gás e “poderá reincorporar com maior força e certeza ao mercado energético mundial”. EFE

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