Governo líbio reconhecido redobra ataques aéreos nos arredores de Trípoli

  • Por Agencia EFE
  • 23/03/2015 19h32

Tarhuna (Líbia), 23 mar (EFE).- A Força Aérea da Líbia leal ao governo reconhecido pela comunidade internacional aumentou nesta segunda-feira os bombardeios contra localidades próximas da capital Trípoli, controlada pelos rebeldes, matando pelo menos duas pessoas e deixando outras cinco feridas.

Dois aparatos de uma tropa do comando do general Khalifa Hafter, chefe do Exército controlado a partir de Tobruk, bombardearam diversas posições em campos de refugiados nos arredores da cidade de Tarhuna, a 80 quilômetros ao sudeste de Trípoli, informaram à Agência Efe fontes de segurança.

A região é controlada desde agosto do ano passado pelas milícias islamitas moderadas “Fayer Líbia” (Amanhecer Líbia), aliadas do governo rebelde liderado em Trípoli por Omar al Hasi.

Diplomatas disseram à Efe que a ofensiva de Hafter sobre a capital tem como objetivo obter vantagem militar para o governo internacionalmente reconhecido nas negociações de reconciliação nacional conduzidas pela ONU.

Os ataques, que ocorreram por volta das 8h30 locais (3h30 em Brasília), paralisaram as atividades escolares no país, obrigando que os alunos residentes nos locais atingidos procurassem abrigo.

Os bombardeios fazem parte da “Operação Dignidade”, lançada em maio do ano passado pelo próprio Hafter com a ajuda do Egito e da Arábia Saudita. O objetivo é retirar as milícias islamitas e o governo rebelde das duas principais cidades, Trípoli e Benghazi.

No domingo, pelo menos sete milicianos leais ao governo de Tobruk morreram em combates em Bengazhi contra os rebeldes que defendem a cidade, informaram hoje à Efe fontes de segurança.

Os combates, quase diários e nos quais participam aviões e artilharia pesada, se intensificaram ontem à noite em bairros no oeste da cidade.

Também hoje, fontes de segurança da capital informaram à Efe que cinco comandantes e três milicianos das forças rebeldes morreram em confrontos nos arredores de Trípoli.

A Líbia é palco de uma guerra civil desde que a comunidade internacional contribuiu para derrubar o regime ditatorial de Muammar Kadafi, em 2011. EFE

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