Governo pede que chineses estejam preparados para uma “guerra do povo no mar”
O ministro da Defesa chinês, Chang Wanquan, advertiu, nesta terça-feira, 2, sobre as “ameaças à segurança desde o exterior” e pediu que o país esteja preparado para “uma guerra no mar” para salvaguardar a soberania, em pleno aumento de tensões por territórios do mar da China Meridional.
Chang fez estas declarações em um tom muito mais severo que o usado por outros membros do governo chinês nas passadas semanas, durante uma inspeção das forças de defesa nacionais no litoral da província oriental de Zhejiang, segundo publica a agência oficial “Xinhua”.
O ministro chinês pediu que seja reconhecida a “seriedade da situação da segurança nacional”, especialmente “a ameaça desde o mar”.
Por isso, pediu ao Exército, à Polícia e à população do país que “estajam preparados para se mobilizar e defender a soberania nacional e a integridade territorial”, ao mesmo tempo que seja promovida a educação em defesa nacional na sociedade.
As palavras de Chang ocorrem no meio de um aumento das tensões na zona, depois que, no mês passado, o Tribunal de Arbitragem de Haia decidiu a favor das Filipinas em sua disputa com a China por territórios do mar do Sul da China.
A China tachou a decisão de “nula” e o processo de “ilegal” e pediu às Filipinas, aliada dos Estados Unidos, que se sente para negociar bilateralmente, proposta que Manila teria que aceitar.
Além das Filipinas, Pequim mantém disputas com outros países vizinhos, como Malásia, Vietnã, Brunei, Japão e Taiwan, pela soberania de ilhas do mar da China (Meridional e Oriental), reivindicando a prática total das águas.
O cenário do assunto é a queda de braço que China e EUA, aliado de países como Filipinas e Japão, mantêm pelo controle da zona que ambos acusam de militarizar e perante o plano de Washington de enviar 60% de sua frota ao Pacífico para lá até 2020.
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