Governo pretende manter meta de superávit primário, diz Dilma

  • Por Reuters
  • 11/07/2015 13h41
  • BlueSky
BRASÍLIA,DF,06.07.2015:DILMA-LEI-INCLUSÃO-PESSOA-DEFICIÊNCIA - A Presidente da República, Dilma Rousseff durante cerimônia de Sanção da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta segunda-feira (06). A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, O ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Pepe Vargas e a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência, Eleonora Menicucci estiveram presentes. (Foto: Charles Sholl/Futura Press/Folhapress) Futura Press/Folhapress Dilma

A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado, durante viagem à Itália, que o governo não pretende reduzir a meta de superávit primário, embora a questão esteja sempre em avaliação.

“Nós queremos manter a meta, é isso que nós queremos. Não houve nenhuma decisão, o Planejamento não está ainda colocando isso, de maneira alguma… Agora, a gente avalia sempre, e vamos fazer todos os esforços para manter a meta”, disse a presidente durante visita ao Pavilhão do Brasil na Expo Milão 2015, segundo transcrição fornecida pelo Palácio do Planalto.

O relator do Orçamento de 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou esta semana que vai propor em seu relatório a redução da meta de superávit primário – que é a economia para o pagamento dos juros da dívida– para 22,1 bilhões de reais, ou o equivalente a 0,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), contra o nível atual de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento PIB. Também será proposta a redução da meta fiscal para o próximo ano 2 para 1 por cento do PIB.

Jucá disse que a proposta é sua e que não foi acertada com a equipe econômica do governo.

Dilma disse ainda que é “impossível o Brasil sustentar um reajuste” de até 78,56 por cento para servidores do Judiciário, conforme foi aprovado recentemente pelo Senado.

“Nem em momentos de grande crescimento se consegue garantir reajustes de 70 por cento. Muito menos num momento em que o Brasil precisa de fazer um grande esforço para voltar a crescer”, afirmou Dilma, que deverá decidir se sanciona ou veta o reajuste.

“Certos valores, certas quantidades de recursos que algumas leis exigem… são impraticáveis. O país não pode fazer face a isso”, disse a presidente.

O impacto do reajuste previsto para o orçamento seria de mais de 25 bilhões de reais nos próximos quatro anos.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.