Governo rebelde da Líbia cria força para conter grupos simpatizantes do EI

  • Por Agencia EFE
  • 15/02/2015 17h09

Trípoli, 15 fev (EFE).- O Congresso Nacional Geral (CNG), governo rebelde estabelecido em Trípoli, aprovou neste domingo a formação de uma força conjunta para manter a segurança na cidade de Sirte, no leste da Líbia, e combater grupos jihadistas simpatizantes do Estado Islâmico (EI) que começam a surgir no país.

Em uma sessão extraordinária realizada na sede do parlamento na capital, na qual participaram altos membros do Exército, foi exigida também a criação de um centro de operações que tenha como objetivo devolver “a legitimidade do Estado líbio às instalações e instituições” da região.

A missão desse órgão será supervisionar a situação militar e de segurança, coordenando a ação dos membros da força conjunta, composta pelo Ministério do Interior, o Estado-Maior e os aparatos de inteligência policial e militar.

Nos últimos dias, grupos simpatizantes do EI – que controla grandes extensões do território do Iraque e da Síria- começaram a ganhar espaço em Sirte, no centro do litoral mediterrâneo da Líbia.

Eles assumiram nesta semana o controle da rádio da cidade – berço do ditador deposto Muammar Kadafi – e de aldeias próximas no caminho para Bengazhi, a segunda maior cidade do país, e agora se proclamam seguidores do líder do EI, Abu Bakr al Bagdadi.

A Líbia vive uma guerra civil desde outubro de 2011, quando a Otan apoiou os rebeldes com bombardeios aéreos, contribuindo para da derrubada do regime de Kadafi.

Desde então, o país está dividido com um governo rebelde na capital Trípoli e outro internacionalmente reconhecido em Tobruk. Ambos lutam pelo controle da política e dos recursos naturais -especialmente o petróleo – apoiados por seguidores do antigo regime, milícias islamitas e nacionalistas, líderes tribais e senhores da guerra, que traficam armas, pessoas e drogas.

Semanas atrás, fontes de inteligência norte-americanas e europeias revelaram um documento no qual advertiam que células vinculadas ao EI tinham instalado no leste da Líbia, onde aparentemente recebem e treinam a jihadistas da Tunísia, Argélia e outras regiões do norte da África. EFE

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