Governo sírio expulsa encarregado de negócios da embaixada jordaniana
Beirute, 26 mai (EFE).- O governo da Síria ordenou nesta segunda-feira a expulsão do encarregado de negócios da embaixada jordaniana em Damasco, uma resposta ao fato de Amã ter declarado o embaixador sírio no reino hachemita como uma “persona non grata”.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Síria anunciou que pediu à legação jordaniana na capital do país relatar que seu encarregado de negócios estaria proibido de entrar em território sírio, segundo a televisão oficial.
A nota qualificou de “deplorável” a decisão adotada pela Jordânia e considerou que tal atitude “não reflete a natureza dos laços amistosos entre os dois povos irmãos”.
O Executivo jordaniano decidiu hoje expulsar o embaixador sírio em Amã, Bahnat Suleiman, por causa de ofensas às autoridades do país e de não ter mudado de atitude mesmo com recorrentes advertências.
Suleiman foi declarado como persona non grata e, por isso, terá que deixar o país em um prazo de 24 horas.
Segundo um comunicado do Ministério jordaniano das Relações Exteriores, o embaixador sírio criticou os “líderes do reino, seus símbolos, suas instituições e seus cidadãos mediante seus textos e entrevistas (…)”.
A decisão do governo jordaniano vem à tona após seis meses de tensas relações entre Suleiman e as autoridades jordanianas, e depois que políticos e parlamentares pedissem sua expulsão.
A Jordânia tentou manter uma política de distanciamento da crise síria, defendendo uma solução política que envolva a todas as partes.
Vários países, tanto ocidentais como árabes, expulsaram os embaixadores sírios de seus territórios em protesto contra repressão do regime de Bashar al Assad, os massacres de civis e o uso de armas químicas na guerra.
A Liga Árabe suspendeu a participação de Damasco em suas atividades em novembro de 2011 e, desde então, reconhece a opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS) como a representante do povo sírio, embora não tenha outorgado o assento da Síria no organismo para este grupo. EFE
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