Governo venezuelano denuncia ataques contra instalações elétricas

  • Por Agencia EFE
  • 20/02/2014 17h42

Caracas, 20 fev (EFE).- O ministro de Energia Elétrica da Venezuela, Jesse Chacón, denunciou nesta quinta-feira uma série de ataques contra instalações e equipes da rede elétrica, ação que, além de ter deixado um oficial ferido por disparo, se concentra em quatro estados do país e aparece como consequência dos recentes protestos violentos iniciados na última semana.

“Ontem, na parte da noite, queimaram 22 veículos (…) Na sequência, com a chegada da Guarda Nacional, nossos homens conseguiram resgatar quatro veículos, mas, nesse momento, começaram a atirar dos edifícios no entorno(…) e o capitão Rincón Barrera ficou ferido”, indicou Chacón aos jornalistas ao falar sobre os incidentes Valência.

De acordo com o ministro, vários ataques foram registrados na última semana, entre eles um contra a subestação Guanta, no estado de Anzoátegui, onde os cabos de controle foram cortados e afetaram o serviço elétrico de uma parte da cidade de Barcelona, indicou a Agência Venezuelana de Notícias (AVN).

Também foram queimados os cabos elétricos de uma subestação em Puerto Ordaz, no estado de Bolívar, que alimenta parte do setor Alta Vista de Ciudad Guayana.

Além disso, Chacón lembrou que, desde que começaram os protestos há mais de uma semana, a central elétrica de San Cristóbal, no estado de Táchira (oeste), foi um alvo de constantes ataques por parte de grupos violentos.

A Venezuela vive um clima de violência com intensas manifestações contra o governo de Nicolás Maduro. O estopim desta onda de protestos ocorreu no último dia 12 de fevereiro, quando uma manifestação pacífica foi encerrada com confrontos e, inclusive, com a morte de três pessoas na capital venezuelana.

Os protestos se desenvolvem de maneira pacífica, mas atos de vandalismo contra bens públicos e privados, assim como intensos confrontos entre manifestantes e policiais e ataques de indivíduos não identificados, já resultaram na morte de seis pessoas, enquanto dezenas ficaram feridas em todo país. EFE

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