Grécia paga 3,4 bilhões de euros ao BCE após receber parte do resgate

  • Por Agencia EFE
  • 20/08/2015 06h38

Atenas, 20 ago (EFE).- A Grécia pagou nesta quinta-feira ao Banco Central Europeu (BCE) 3,4 bilhões de euros, correspondentes ao rendimento dos bônus gregos e juros, após receber a primeira parcela do terceiro resgate, afirmou à Agência Efe uma fonte do Escritório de Gestão da Dívida Pública (PDMA).

“Todos os pagamentos previstos para hoje foram feitos. Foram pagos 3,2 bilhões de euros (pelo rendimento) do bônus em 5 anos, seus juros, 200 milhões, e os 7,16 bilhões de euros do empréstimo-ponte de julho”.

O pagamento à entidade monetária coincide com a primeira parcela do terceiro resgate, depois de o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) ter dado, ontem, sinal verde à concessão de um desembolso de 26 bilhões de euros.

Destes, 10 bilhões de euros serão transferidos a uma conta especial do MEE em Luxemburgo para a recapitalização e a liquidação de bancos, e outros 13 bilhões Atenas recebeu para honrar o pagamento de empréstimos e saldar as faturas domésticas atrasadas.

Outros três bilhões de euro serão entregues “no máximo em 30 de novembro”, segundo o MEE, em uma ou duas parcelas, valor que está sujeito à implementação pela Grécia de medidas combinadas com os credores e a zona do euro.

O pagamento desta parcela da dívida com o BCE era uma data chave, base em que se estabeleceram as negociações entre o governo grego e as instituições credoras (além de MEE e BCE,Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), que assinaram um acordo no último dia 11.

O programa terá vigência de três anos e poderá chegar aos 86 bilhões de euros.

Em troca, a Grécia deverá implementar duros ajustes em previdência, no IVA e realizar privatizações, cortes que chegarão a entre 4% e 5% do PIB.

Haverá avaliações trimestrais para analisar o cumprimento das medidas pelo governo grego, a primeira delas o outubro próximo.

A Grécia depende disso para conseguir das instituições europeias a promessa de avaliar a reestruturação de sua dívida, embora o Eurogrupo já tenha deixado claro que, apesar de poder conceder possíveis períodos de graça e vencimento mais prolongados, a remissão da dívida nominal é impossível.

Ao mesmo tempo, o Fundo Monetário Internacional condicionou sua participação no terceiro plano a um alívio das obrigações gregas. EFE

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