Greve de agentes penintenciários faz com que polícia escolte presos
A greve dos agentes penitenciários altera rotina da polícia que faz escolta dos presos e também das audiências dos fóruns. A paralisação já dura 10 dias e os trabalhadores pedem a redução da classe profissional de oito para seis, enquanto o estado aceita sete.
Os detentos aguardam pelas transferências e, ao menos, oito delegacias da capital estão superlotadas. O secretário adjunto da segurança pública do Estado, Antônio Carlos da Ponte, não escondeu a preocupação com as consequências da greve.
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De acordo com o secretário Antônio Carlos da Ponte, a Justiça determinou aos agentes que voltem ao trabalho, o que ainda não foi cumprido. O comandante geral da PM, Benedito Roberto Meira, explicou que já existe o remanejamento de presos para evitar a superlotação nas delegacias.
Meira teme, por exemplo, que as visitas nos fins de semana tenham prejuízo com a greve dos agentes. O delegado-geral da Polícia Civil, Maurício Blazec, admitiu a Thiago Uberreich a possibilidade de superlotação nas delegacias e criticou os grevistas.
Blazec destacou que não existe estrutura suficiente na capital para receber presos temporários.
A diretora do Fórum da Barra Funda, Fátima Muniz de Oliveira, não descartou o aumento de pedidos de liberdade provisória. Fátima acrescentou que mais de 800 audiências já foram adiadas.
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, disse a Leandro Manço que o investimento em videoconferência resolveria a questão. Nalini ressaltou ainda que a videoconferência contribuiria para maior segurança, evitando a escolta de presos.
Os agentes penitenciários devem fazer, nesta quinta-feira, um novo protesto em frente ao Palácio dos Bandeirantes, e a greve é por tempo indeterminado.
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