Greve de agentes penitenciários entra no nono dia em São Paulo
São Paulo, 18 mar (EFE).- Os agentes penitenciários do estado de São Paulo continuaram nesta terça-feira, pelo nono dia consecutivo, uma greve que provocou a aglomeração de presos em diferentes delegacias perante a recusa dos funcionários de transferir os detidos.
A greve começou na segunda-feira da semana passada depois da falta de resposta do governo de São Paulo às reivindicações trabalhistas dos agentes penitenciários, explicou hoje à Agência Efe o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sinfupesp).
Entre as diversas reivindicações, estão um reajuste salarial de cerca de 20%, para compensar as perdas causadas pela inflação acumulada de 2007 a 2012, assim como a adoção de medidas que permitam uma maior segurança dos funcionários, segundo disseram fontes sindicais.
Representantes dos quatro sindicatos de agentes penitenciários de São Paulo se reuniram hoje com uma comissão do governo estadual para discutir as reivindicações, mas, após a falta de acordo durante o encontro, decidiram continuar com a greve.
Também hoje, um grupo de 100 agentes se manifestou na praça Vinícius de Moraes, situada nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para pressionar as autoridades.
O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) calcula que 28.500 trabalhadores, de um total de 30 mil em todo o estado, aderiram à greve, que afeta 150 das 158 unidades carcerárias da região.
Um balanço da Secretária da Administração Penitenciária (SAP), por sua parte, garante que os serviços estão paralisados em 88 das 158 unidades do estado. EFE
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