Greve de ônibus volta a afetar milhões de pessoas em São Paulo
São Paulo, 21 mai (EFE).- A greve de motoristas de ônibus continuou nesta quarta-feira em São Paulo e vários terminais da cidade ficaram fechados, o que deixou milhões de passageiros sem acesso ao serviço pelo segundo dia consecutivo.
São Paulo amanheceu hoje com apenas um terminal fechado, mas durante o dia outros foram paralisados, como aconteceu na véspera, quando os motoristas do serviço público paralisaram sem aviso prévio a metade dos terminais.
Os ônibus bloquearam diferentes vias de São Paulo e complicaram a circulação. Além disso, foram furados os pneus de alguns veículos a fim de impedir sua saída.
Desde as 7h da manhã foram convocadas até 10 manifestações, segundo informou à Agência Efe a Secretaria de Transportes de São Paulo.
A manifestação de motoristas começou na terça-feira depois que os trabalhadores rejeitaram um acordo assinado na segunda-feira entre o sindicato que os representa e os proprietários das empresas de transporte, pelo qual lhes foi concedido um aumento salarial de 10%, frente ao reajuste de 30% que exigem.
O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou que a prefeitura poderá punir às empresas de transporte que estejam envolvidas no protesto.
Além disso, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública, a polícia abriu uma investigação para verificar se houve crime na manifestação e os líderes do Sindicato de Motoristas de São Paulo foram chamados para prestar esclarecimento.
De acordo com a mesma fonte, a Polícia Militar reforçou a vigilância em todos os terminais da capital e em lugares com grande concentração de pessoas para prevenir tumultos.
Esta greve de ônibus coincide com uma paralisação anunciada para hoje pelos agentes da Polícia Civil em 10 estados, inclusive São Paulo. EFE
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