Greve de pilotos da Lufthansa paralisa aeroportos alemães
Frankfurt, 2 abr (EFE).- A greve de pilotos da Lufthansa, que se mostra distante de uma solução imediata, paralisou os aeroportos alemães nesta quarta-feira devido ao cancelamento de cerca de 3,8 mil voos.
A greve, convocada pelo sindicato de pilotos Cockpit e que deve se estender até sexta-feira, atinge principalmente os aeroportos de Frankfurt e Munique, os maiores do país, e afeta cerca de 425 mil passageiros.
Apesar dos aeroportos alemães estarem praticamente inoperantes, a situação não se mostra tão caótica quanto poderia ser, tendo em vista que a maioria dos passageiros foi informado com certa antecedência.
Lufthansa só pode garantir 500 conexões aéreas de longo e curto percurso, enquanto a Germanwings também teve que cancelar centenas de voos. Diante desta situação, o governo alemão instou à empresa e aos pilotos encontrarem uma solução rápida.
No entanto, tanto Lufthansa como o sindicato de pilotos Cockpit descartaram uma solução rápida ao conflito no primeiro dia de greve.
Uma porta-voz da Lufthansa destacou hoje de novo a disposição da companhia de negociar e disse: “Achamos que apresentamos ofertas sobre as quais podemos conversar”. O porta-voz do sindicato dos pilotos, por outro lado, qualificou a oferta citada como “engano”.
“A Lufthansa se mostra disposta a negociar, mas as ofertas são sempre as mesmas. Para nós, a Lufthansa é um lobo em pele de cordeiro”, disse o representante do Cockpit.
A greve de pilotos da Lufthansa, Lufthansa Cargo e Germanwings envolve cerca de 5,4 mil capitães e copilotos, sendo que o prejuízo econômico relacionado à paralisação, a maior da história, deverá atingir os dois dígitos de milhões de euros, segundo a companhia alemã.
A Germanwings, que também teve que cancelar a metade de seus voos previstos, passará o restante das viagens para Eurowings, que não foi afetada, assim como as companhias Swiss International Air Lines, Austrian Airlines, Brussels Airlines, Eurowings, Lufthansa CityLine e Air Dolomiti.
O sindicato dos pilotos da Lufthansa exige um aumento salarial de 10%, enquanto a companhia oferece um aumento escalonado de 5,2%. Além da questão do aumento salarial, principal ponto de impasse, os pilotos da Lufthansa também exigem negociar novas condições de aposentadoria. EFE
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