Greve dos bancários entra no 17º dia; “é culpa dos bancos”, diz sindicato

Brasília - Bancários de instituições públicas e privadas de todo o país iniciam nesta terça-feira (6) greve por tempo indeterminado (Elza Fiúza/Agência Brasil) Greve dos bancários em Brasília

Representantes dos bancários decidiram nesta quarta-feira (21) manter a greve da categoria, após rejeitar nova proposta de aumento. A paralisação completa 17 dias nesta quinta.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro vai retomar nesta quinta-feira, em São Paulo, as negociações com a Federação Brasileira dos Bancos. Nesta quarta, os bancários decidiram manter a greve geral, após recusar a proposta de 8,75% de reajuste salarial, e levar a paralisação da categoria ao décimo sétimo dia.

A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, reconhece a retomada do diálogo, mas critica os bancos.

“A greve só aconteceu por culpa dos bancos. Com todo esse lucro, como é que põe uma proposta, com uma inflação a 9,88%, uma proposta de 5,5% de reajuste?”, questiona. “É realmente um desrespeito com a categoria”.

Os trabalhadores pedem reajuste de 16%, correspondente a um aumento real de 5,6%, e piso salarial de R$ 3.299 reais. Eles também reivindicam melhores condições de trabalho, e o fim das metas individuais consideradas abusivas.

Segundo o sindicato, foram fechados nesta quarta-feira 745 locais de trabalho, entre 28 centros administrativos e setecentas e 17 agências. A estimativa é que mais de 55 mil profissionais tenham participado da paralisação nesse dia.

Com informações do repórter Jovem Pan Danillo Oliveira