Greve em aeroporto do Chile cancela 400 voos e atinge 70 mil passageiros

  • Por Agencia EFE
  • 15/09/2015 22h00
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Santiago (Chile), 15 set (EFE).- A greve de 24 horas de 3.800 funcionários da Direção Geral da Aeronáutica Civil do Chile (DGAC) provocou o cancelamento de 400 voos nacionais e internacionais no Aeroporto de Santiago nesta terça-feira na semana do feriado prolongado pelas Festas Pátrias.

A medida começou à meia-noite (mesmo horário em Brasília), apesar de as negociações de última hora entre os dirigentes sindicais e representantes de governo, e deixou em terra 70 mil pessoas.

O ponto mais conflituoso da greve é a exigência do sindicato de os trabalhadores serem reincorporados à Caixa de Previsão da Defesa Nacional (Capredena). Desde 1970, a DGAC não fazia uma greve. Em 3 de julho daquele ano, e após 21 dias de paralisação, os trabalhadores puseram fim à interrupção mais longa de sua história.

Durante esta terça, milhares de passageiros se amontoaram nos postos de atendimento do aeroporto, alegando que as companhias aéreas tinham entrado em contato, mas depois não ofereciam solução, exceto a reprogramação da viagem para mais tarde.

O ministro da Economia do Chile, Luis Felipe Céspedes, que qualificou a greve de ilegal, disse que “este é um serviço estratégico e que não cabe este tipo de mobilização”. Segundo ele, a greve afeta à economia e o turismo em uma semana onde milhares de chilenos viajam para descansar.

No entanto, o diretor-geral de Aeronáutica Civil, o general Maximiliano Larraechea, voltou a pedir aos passageiros nesta tarde para que não fossem aos aeroportos “porque não há decolagens hoje”. Larraechea explicou que os trabalhadores chilenos permitiram somente a aterrissagem dos voos que já estavam em andamento quando a greve começou.

José Pérez, presidente do sindicato, alertou que, caso não tivesse uma resposta satisfatória as reivindicações, o grupo poderia convocar uma greve por tempo indeterminado para próximos dias.

Já o subsecretário das Forças Armadas, Gabriel Gaspar, disse que a autoridade tentou dialogar com os trabalhadores, “para abrir o caminho a construção de entendimento com as reivindicações sindicais”.

“Mas infelizmente isso não foi possível. Temos a esperança de que poderemos avançar na construção de um acordo. Acreditamos que é perfeitamente possível”, acrescentou Gaspar em declarações a jornalistas.

As companhias aéreas Sky Airline e a Latam suspenderam todos seus voos de hoje e anunciaram decolagens extras para os próximos dias para que os passageiros possam reprogramar suas viagens. EFE

mc/cdr

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