Grupo de 12 islamitas é condenado à morte no Egito por matar policial
Cairo, 18 jun (EFE).- Um tribunal egípcio condenou à morte nesta quarta-feira 12 supostos islamitas pelo assassinato de um alto comando policial e por formar uma organização terrorista em setembro passado na cidade de Kerdasa, ao sul do Cairo.
A decisão judicial firme – a atual é provisória – sobre esse caso será revelada no dia 6 de agosto, depois que o mufti do Egito, Shauqui Alam, máxima autoridade religiosa, emitir sua sentença não vinculativa, segundo informou a agência oficial “Mena”.
O presidente do Tribunal Penal de Guiza, o juiz Moataz Hafagui, divulgou hoje as sentenças dos 12 condenados ao mufti, o que segundo o sistema judiciário egípcio significa que foram condenados à morte.
O veredicto dos outros 11 processados na causa será também ditado no próximo dia 6.
Os 23 são acusados do assassinato premeditado do assistente do diretor de segurança de Guiza, general Nabil Farag, em Kerdasa durante a operação das forças de segurança em setembro passado contra os islamitas.
Também da formação de uma organização terrorista que pretendia matar membros do exército e da polícia.
A Justiça egípcia ditou nos últimos meses várias penas de morte contra membros e seguidores da Irmandade Muçulmana e outros grupos islamitas afins.
No dia 7 de junho, uma corte condenou também de forma provisória a morte a dez dirigentes islamitas acusados de instigar a violência na província de Qaliubiya em julho de 2013.
Nesta causa são processados também o líder da confraria, Mohammed Badía, e outros 37 membros e seguidores do grupo, cujo veredicto foi adiado para 5 de julho.
Além disso, em 28 de abril, um tribunal de Minia sentenciou fixado definitivamente a pena de morte a 37 supostos simpatizantes da Irmandade e de forma provisório a outros 683 islamitas, entre eles Badía, cuja decisão definitiva será revelada em 21 de junho.
Essas sentenças foram muito criticadas pela comunidade internacional e pelas organizações de direitos humanos, enquanto a Irmandade Muçulmana as classificou como “políticas”. EFE
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