Grupo de exilados em Miami expressa rejeição por visita do papa a Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 19/09/2015 17h53
EFE Exilados criticam o Papa Francisco em Miami

Ao todo, 25 exilados cubanos se reuniram neste sábado em Miami, nos Estados Unidos, para expressar rejeição ao papa Francisco, em uma manifestação na qual alguns participantes chegaram a qualificá-lo de “traidor” pelo papel que teve no restabelecimento de relações diplomáticas entre EUA e Cuba.

Organizada pelo movimento Vigília Mambisa, os exilados se reuniram nas imediações do Cafe Versailles, na Little Havana, e através de cartazes declaravam que o papa Francisco e o cardeal cubano Jaime Ortega são “personas non gratas”.

“O papa se vendeu ao governo cubano”, foi um das falas mais escutadas durante a concentração, na qual os participantes expressaram também a decepção pela ausência de um encontro com a dissidência na ilha durante a visita que Francisco começa hoje pelo país.

Os manifestantes usavam fitas pretas no braço esquerdo como “símbolo de luto” por causa da “repressão que o regime dos irmãos Castro exerce”.

Durante esta semana, o ativista cubano Ramón Saúl Sánchez, presidente do Movimento Democracia, começou um “jejum de consciência” em Miami para pedir ao papa que durante sua vista a Cuba interceda pela “sociedade civil” e pela “integração da família cubana”.

Aos 61 anos, ele explicou neste sábado que já perdeu 4,5 quilos por causa do protesto que realiza em uma tenda instalada no Monumento aos Mártires na Little Havana, e no qual ingere apenas água.

O ativista afirmou que se manterá assim até que receber uma resposta à carta que enviou ao pontífice há algumas semanas, solicitando que seja um mediador para reunificação da família cubana, “atualmente dividida no atual cenário cubano”.

O ativista revelou que hoje um grupo de exilados escreveu uma carta ao presidente americano, Barack Obama, para que ele também “defenda a reunificação da família cubana”. 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.