Grupo jihadista do Sahel declara lealdade ao Estado Islâmico
Nouakchott, 14 mai (EFE).- O grupo jihadista Al Mourabitoun, ativo em países do Saara e do Sahel, como Mali, Níger e Líbia, declarou lealdade ao Estado Islâmico e ao “emirado” proclamado nas regiões controladas por esta organização no Iraque e na Síria.
Esta nova adesão ao EI, também conhecido como Daech (acrônimo em árabe), foi notificada depois que o Al Mourabitoun enviou na noite de ontem uma gravação de áudio para a agência de informação “Al Akhbar”, na Mauritânia, um veículo geralmente bem informado sobre os jihadistas no noroeste da África.
“Declaramos lealdade ao emir do Daech, Abubakar al Baghdadi, califa dos muçulmanos”, diz a voz presente no áudio, pertencente ao porta-voz do Al Mourabitoun (que significa “Os Almorávidas”).
Na gravação, a organização jihadista revela pela primeira vez o nome de seu emir, Adnan abul Walid El Saharaui, mas não detalhou sua nacionalidade.
O Al Mourabitoun nasceu da fusão entre o Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (MUJWA, sigla em inglês) e o grupo Al Mulazamin, fundado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, um dos jihadistas históricos e mais procurados no norte da África.
Belmokhtar ficou conhecido por tomar o campo de gás de In Amenas, na Argélia, em janeiro de 2013, um episódio que terminou com a morte de 37 reféns e 32 terroristas.
Walid El Saharaui presidia o Conselho da Choura, uma espécie de assembleia consultiva, do MUJWA, grupo do qual é um dos membros fundadores e que ficou conhecido internacionalmente em outubro de 2011 com o sequestro de três reféns ocidentais no acampamento de Rabuni, no Saara Ocidental. EFE
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