Grupos invadem edifícios no México em protesto por desaparecimento de jovens

Chilpancingo (México), 6 nov (EFE).- Estudantes e professores do estado mexicano de Guerrero tomaram nesta quinta-feira o controle de edifícios oficiais nas cidades de Chilpancingo e Acapulco, em protesto pelo desaparecimento de 43 alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa.

Cerca 300 alunos da escola para professores ocuparam hoje o Tribunal Superior de Justiça de Guerrero, localizado em Chilpancingo, para exigir o retorno de seus companheiros, detidos por policiais no último dia 26 de setembro em Iguala e entregues ao cartel Guerreros Unidos.

Durante a invasão, os estudantes deixaram sair das instalações mulheres, incapacitados e pessoas da terceira idade. Os homens permanecem retidos há várias horas.

Com os rostos cobertos, os jovens colocaram cobertores na fachada do edifício e exigiram justiça para seus 43 companheiros que permanecem desaparecidos e os três que morreram nessa noite em Iguala em ataques a tiros realizados por policiais municipais.

Além disso, 600 professores da Coordenadora Estadual de Trabalhadores da Educação de (Ceteg) tomaram o Tribunal Colegiado da Federação, também em Chilpancingo, a capital de Guerrero, com a mesma reivindicação.

Outro grupo de professores da Ceteg bloqueou de maneira pacífica os acessos do Palácio Federal de Acapulco, um edifício situado na zona turística do porto no qual trabalham funcionários locais, estaduais e municipais.

Após quase mês e meio de protestos, os estudantes e professores de Guerrero asseguram que manterão suas mobilizações até que os 43 jovens retornem a seus lares. EFE

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