Grupos rebeldes do Mali aceitam cessar-fogo com Bamaco
Bamaco, 23 mai (EFE).- Os grupos rebeldes tuaregues do norte do Mali aceitaram nesta sexta-feira um cessar-fogo com as autoridades de Bamaco, após uma semana de duros enfrentamentos, confirmaram à Agência Efe fontes diplomáticas e da missão da ONU para o Mali (MINUSMA).
Os rebeldes aceitaram a cessação das hostilidades após uma visita a Kidal, seu principal bastião, do presidente da União Africana (UA), Mohammed Ould Abdel Aziz.
Abdel Aziz, que viajou para esta cidade situada a 1,5 mil quilômetros ao norte de Bamaco acompanhado do chefe da MINUSMA e representante pessoal do secretário-geral da ONU para Mali, Albert Koenders, se reuniu com representantes do Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA), do Alto Conselho pela Unidade de Azawad (ACUA) e do Movimento Árabe de Azawad (MAA).
Minutos antes da confirmação da aceitação do cessar-fogo, a MINUSMA havia informado que Koenders alcançou “progressos nas negociações com os grupos armados”.
Além do cessar-fogo, a MINUSMA tinha assegurado que foram conquistados avanços em relação à libertação por parte dos grupos armados das pessoas que mantêm sob sua custódia, assim como para o retorno do diálogo político.
Abdel Aziz chegou ontem a Mali após os recentes enfrentamentos entre os rebeldes e o Exército que explodiram no fim de semana passado coincidindo com a primeira visita do chefe de governo malinês, Moussa Mara, ao bastião dos insurgentes.
Os choques do fim de semana, que causaram 36 mortos e 87 feridos, ocorreram novamente na quarta-feira em uma tentativa fracassada por parte do Exército de expulsar os combatentes tuaregues dessa cidade setentrional.
Nestes segundos combates, cujo número de vítimas ainda é desconhecido, os rebeldes tomaram o controle de Kidal, assim como de outras cidades do norte do Mali, entre elas Menaka, situada na província de Gao.
Governo e rebeldes assinaram em junho de 2013 um cessar-fogo em Ouagadougou que moldou as bases da reconciliação e no qual ambas partes se comprometeram a começar conversas de paz. EFE
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