Guiana pede que Mercosul “defenda” a “integridade de seu território”
Brasília, 17 jul (EFE).- O presidente da Guiana, David Granger, pediu nesta sexta-feira aos países do Mercosul que “ajudem este pequeno Estado” na “defesa de sua soberania” e da “integridade de seu território”, em uma clara referência ao conflito fronteiriço com a Venezuela.
Granger discursou hoje no plenário da cúpula semestral do Mercosul, pouco depois do pronunciamento do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que também se referiu ao conflito pela região conhecida como Essequibo e anunciou que a Unasul convocará uma reunião para tratar desse tema em agosto.
O presidente da Guiana argumentou em Brasília que o Mercosul tem “o dever” de estar “vigilante” frente a esse conflito e pediu que os líderes do bloco “garantam a soberania dos pequenos Estados do continente”.
Granger também advertiu que as “violações das fronteiras” são fruto de “conflitos” e “caos” e reivindicou que o Mercosul e toda a região do Caribe “precisam se manter como uma zona de paz para poder avançar no desenvolvimento econômico”.
O líder guianense criticou de forma clara e direta o decreto assinado em maio por Maduro, mediante o qual declara como venezuelanas todas as águas marítimas em frente ao litoral da região do Essequibo.
“Com esse decreto, se apropriam da zona econômica exclusiva da Guiana, que sofre provocações (da Venezuela) há muito tempo e não merece isso”, declarou Granger.
“A Guiana reitera seu respeito pela soberania de todos os Estados que formam esta região, mas pede apoio para que se mantenham a soberania e a integridade de todo o seu território”, acrescentou o presidente desse país.
A cúpula do Mercosul, que acontece em Brasília e tem como anfitriã a presidente Dilma Rousseff, conta com a participação dos chefes de Estado de Argentina, Cristina Kirchner; Paraguai, Horacio Cartes; Uruguai, Tabaré Vázquez, e Bolívia, Evo Morales, além de Granger e Maduro. EFE
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