Guiana prepara mil soldados para possível confronto com a Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 26/09/2015 21h22

San Juan, 26 set (EFE).- O chefe das Forças de Defesa da Guiana, Mark Phillips, assegurou neste sábado que 1.000 de seus soldados estão preparados para mobilizar-se na fronteira com a Venezuela no caso de uma agressão do país vizinho em meio a uma disputa pela região de Essequibo e do rio Cuyuni.

Após participar de uma marcha junto a suas tropas neste sábado, Phillips enfatizou que o uso de armas “é necessário para assegurar a paz, e não somente para provocar uma guerra”.

As declarações de Phillips acontecem no segundo dia em que os militares guianenses participaram de manobras militares no acampamento Stephenson e um dia depois que o presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, se mostrou preocupado sobre a presença de armas e militares da Venezuela na fronteira.

“Algo que não devemos fazer é permitir à Venezuela que diga que somos um país agressivo pelos sinais que estamos enviando. Estamos defendendo à Guiana e faremos isso porque queremos a paz para nosso país”, enfatizou Jagdeo.

Além disso, Phillips reiterou hoje que o assunto dos limites de fronteira entre Guiana e Venezuela foi resolvido em 1899.

O militar ressaltou que os soldados são treinados para responder a qualquer agressão contra as fronteiras da Guiana, o que inclui supervisionar e reportar qualquer violação da integridade territorial do país.

Phillips já tinha advertido na quarta-feira que seu país está pronto para mobilizar tropas junto à fronteira com a Venezuela no caso de uma agressão do país vizinho.

A região de Essequibo está sob mediação da ONU desde a assinatura do Acordo de Genebra em 1966, mas a disputa se aguçou depois que a companhia americana Exxon Mobil descobriu em maio deste ano jazidas de petróleo em águas litorâneas da área em litígio.

O governo da Venezuela respondeu à descoberta com um decreto que redistribui o território venezuelano em áreas conhecidas como Zonas Operativas de Defesa Integral (Zodi) e inclui esse território marítimo em disputa. EFE

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