Guru indiano detido após operação policial diz que é “inocente”
Nova Délhi, 20 nov (EFE).- O guru indiano Sant Rampal, detido ontem após duas semanas de resistência ao lado de milhares de seguidores em uma grande operação policial, afirmou nesta quinta-feira que é “inocente” e que as acusações de desacato e assédio contra ele são “falsas”
“Nunca utilizei mulheres e crianças como escudo durante a ação policial”, afirmou Rampal, que permaneceu refugiado em um centro de meditação com milhares de seus seguidores para escapar de uma ordem de detenção.
O guru, detido finalmente ontem à noite, comparecerá hoje em um tribunal. Não há possibilidade de fiança.
Rampal lamentou a morte de seis de seus seguidores, cujos corpos, incluído o de uma criança de 18 meses, foram encontrados dentro do centro espiritual, transformado em fortaleza militar nos últimos dias.
O guru resistiu durante duas semanas rodeado de milhares de seguidores às tentativas da polícia de prendê-lo após desacatar uma ordem de apresentação em um tribunal de Haryana e Punjab.
Durante a resistência, a polícia se deparou com milhares de mulheres e crianças usados como escudos humanos.
O guru, ex-engenheiro do governo de Haryana, foi acusado em 2006 pela morte de um homem baleado por um tiro que saiu de seu centro de meditação.
A resistência levou a polícia a realizar uma grande operação no centro espiritual (ashram) do guru, que deixou ao redor de 200 feridos, nove deles baleados.
Um grupo de seguidores continua no interior do local, localizado em Haryana, segundo as imagens mostradas pelo canal “NDTV”, que estimou entre mil e dois mil o número de fiéis que se negam a abandonar o centro por “medo” da repressão policial. EFE
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