Hackers ameaçam Sony com “11 de setembro”

  • Por Agencia EFE
  • 16/12/2014 19h49

Los Angeles (EUA), 16 dez (EFE).- Os hackers responsáveis pelo ciberataque a Sony Pictures Entertainment ameaçaram nesta terça-feira o estúdio com seu “11 de setembro” particular, em mensagem no qual advertem que semearão o terror nos cinemas que exibirem o filme “A entrevista”.

O comunicado foi enviado a jornalistas em Hollywood junto com um link para acessar um novo lote de documentos que levam o nome do executivo-chefe da companhia, Michael Lynton, e cujo conteúdo ainda não foi revelado. Esses arquivos correspondem a uma primeira entrega que os hackers, que se auto-intitulam “Guardians of Peace”, tinham qualificado dias antes como “presente do Natal”.

Em um inglês com erros gramaticais e escrito, por assim dizer, como uma adivinhação, eles advertem que aqueles que procuram diversão no terror terão um destino amargo e recomendam “manter distância” dos cinemas onde o filme for exibido.

“Se sua casa está perto, seria melhor que você saísse. Lembre-se do 11 de setembro de 2001”, diz a mensagem, que acrescenta “o mundo será tomado pelo medo”.

A nota dos hackers inclui que a pré-estreia de “A Entrevista”, que aconteceu no último dia 11 em Los Angeles sem incidentes.

Dentro do estúdio, a notícia se somou a descoberta e a indignação de mais de três mil empregados que tiveram os dados pessoais, incluindo informações fiscal e médica, roubados durante um ataque cibernético em 24 de novembro. O roubo de dados também afetou ex-funcionário da Sony e dois deles apresentaram na segunda-feira uma denúncia contra o estúdio por não proteger sua informação privada.

Após conhecer a carta dos hackers, a direção do estúdio emitiu um comunicado interno. A Agência Efe teve acesso ao texto que pede aos empregados que estejam “atentos” e notifiquem ao FBI qualquer informação que considerem relevante com relação isso.

“Somos conscientes da última ameaça e estamos trabalhando junto ao FBI e outras agências da ordem pública”, explica a Sony no comunicado.

Ainda se desconhece a identidade dos autores do ciberataque, apesar de terem sido vinculadas à Coreia do Norte, cujo líder, Kim Jong-un, é objeto de piada no filme “A Entrevista”, que conta em tom de comédia a história de um complô fictício para assassiná-lo.

O regime norte-coreano negou relação com o ataque a Sony, embora considere o filme, que estreia nos Estados Unidos em 25 de dezembro, um ato de guerra. EFE

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