Haddad diz que não há motivos para ameaça de greve de rodoviários nesta semana

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2015 16h24

Diante de rumores de uma greve dos rodoviários para esta semana, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que não há por que ter ameaças num momento de definições. Informação veiculada pelo site do jornal O Estado de S. Paulo na manhã desta terça-feira (14) indicava que o sindicato poderia cruzar os braços na sexta (17).

A paralisação seria motivada por pressões de funcionários de empresas que anteriormente eram cooperativas. Elas modificaram o regime de funcionamento para cumprir recomendações vindas da auditoria do sistema de transportes realizada no ano passado.

De um lado, os patrões destas empresas alegam que têm recebido os mesmos repasses do tempo que eram cooperativas, basicamente empresas de lotação. Já os trabalhadores desejam que as empresas constituídas respeitem acordos coletivos de salários e rendimentos.

Na média, as empresas tradicionais recebem R$ 2,67 por passageiro; as antigas cooperativas, R$ 1,79. Uma eventual greve serviria como instrumento de pressão para que a administração municipal reajuste estas quantias.

Esta disputa ocorre em meio à discussão do novo plano de concessões do transporte público na capital paulista, orçado em R$ 70 bilhões.

Haddad pede cuidado às partes envolvidas em meio à discussão do novo processo de licitação.

“Toda transição enseja um cuidado, mas exige também responsabilidade das partes envolvidas. O que está em jogo é o direito dos trabalhadores ao transporte público, que é um serviço essencial. Temos que tomar cuidado nessa transição para encaminharmos da melhor maneira possível”, explicou.

O atual contrato do transporte rodoviário municipal vence nesta quarta-feira (15) e deve ser automaticamente renovado. O acordo foi assinado em janeiro de maneira emergencial; ainda não há prazo para que o novo plano de concessões seja concluído.

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