Haddad diz que punirá empresas de ônibus por reclamações de usuários
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a licitação do sistema proposta por sua gestão vai punir, com desconto no pagamento, empresas de ônibus que forem alvo de reclamações dos passageiros. Dessa forma, será criado um modelo híbrido que paga as empresas tanto por “quilômetro rodado” quanto pelo número de passageiros transportados – como é hoje.
As declarações são sua resposta à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada na terça-feira, 3, que detalhou o pagamento de um “índice de produtividade” no cálculo de remuneração das empresas de ônibus que vencerem a licitação. Dessa forma, empresas que transportarem mais passageiros do que o previsto vão receber um pagamento extra.
O prefeito afirmou que o pagamento é um “bônus”, mas disse que a proposta também traz “ônus”, e tanto um quanto o outro só funcionam dentro da lógica de um “pagamento híbrido” aos empresários. “A nossa licitação é a primeira da história da cidade que segue a orientação da literatura especializada. Divide a remuneração: 50% por passageiro e 50% por quilômetro rodado”, argumentou.
O “quilômetro rodado” é, na verdade, o cumprimento do número de partidas, a disponibilidade da frota e outros índices determinados pela Prefeitura – o que inclui a pesquisa de qualidade descrita pelo prefeito. “Se o empresário faz uma operação tão boa que, naquela linha, supera as estimativas iniciais, significa que ele está prestando um bom serviço. Então, isso é um bônus. Se as reclamações dos usuários superam os limites, ele tem um ônus”.
“Então, independentemente do fato de ter previsto 50% por quilômetro rodado e 50% por passageiro, nessas variáveis, você tem estímulos específicos, mas que em nada fere a lógica geral do sistema”, argumenta o prefeito.
A abertura dos envelopes da licitação está marcada para o próximo dia 19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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