Hamas analisa proposta internacional para uma trégua de 5 anos com Israel

  • Por Agencia EFE
  • 09/03/2015 15h32

Gaza, 9 mar (EFE).- O movimento palestino Hamas analisa com outras facções palestinas uma proposta internacional para uma trégua de cinco anos com Israel, informou nesta segunda-feira um membro do grupo.

Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas em Gaza, disse em comunicado que “alguns atores internacionais apresentaram recentemente uma proposta ao movimento nesse sentido”.

Zuhri disse que “o movimento não deu uma resposta porque a questão (da trégua com Israel) deve ser abordada em um debate nacional, analisada e estipulada”.

O porta-voz negou, no entanto, informações que apontavam que o movimento islamita teria apresentado à “ocupação” (Israel) dita proposta para uma trégua de cinco anos.

Horas antes, o dirigente do Hamas Salah el Bardawil negava informações divulgadas em meios de comunicação israelenses, que diziam que o grupo islamita tinha feito essa proposta através de um mediador.

“As informações dos meios de comunicação israelenses são mentirosas”, dizia Bardawil, ao mesmo tempo que negava a existência de um acordo de cessar-fogo com Israel que não fora o alcançado no Cairo em agosto, que pôs um fim no conflito bélico em Gaza de 50 dias de duração.

Em 8 de julho de 2014, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza contra o Hamas e outros grupos armados palestinos, na qual morreram mais de 2 mil palestinos e 11 mil ficaram feridos, dois terços civis.

Desde o fim do enfrentamento há seis meses, as conversas para reforçar a trégua atingida com mediação egípcia se mantêm estagnadas devido à deterioração da situação de segurança no Sinai e as frias relações que mantém o Executivo do Cairo com o Hamas.

“Desde o final da guerra na Faixa até agora, as forças da ocupação israelense não cumpriram com o acordo de cessar-fogo. A última ação foi a morte de um pescador há dois dias em Gaza”, afirmou o dirigente islamita.

Tradicionalmente, o Egito exerceu papel de mediador entre Israel e Hamas, como no último acordo de cessar-fogo, mas a campanha contra terroristas na Península do Sinai deteriorou o reatamento dos contatos indiretos entre as partes com o alvo de colocar em prática o estipulado. EFE

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